Síntese dos textos das Aula 05
Síntese dos textos Notas sobre a experiência e o saber de experiência de Jorge Larrosa Bondía e Aulas de campo e as práticas educomunicativas: a sala de aula encontra a realidade de Cátia Luzia Oliveira da Silva e Andrea Pinheiro Paiva Cavalcante
Andrea Pinheiro Paiva Cavalcante e Cátia Luzia Oliveira da Silva em entrevista à Rádio Universitária da UFC na qual falam sobre Educomunicação
Jorge Larrosa
No texto sobre a questão da experiência chama a atenção no que diz respeito aos aspectos do mundo contemporâneo no que tange os conflitos vividos atualmente no que ele cita sobre a velocidade da informação e de como essa velocidade que nos chega todo o santo dia fica até difícil assimilar e portanto esboçar uma opinião até para que que possamos nos auto questionar sobre o que nos é transmitido pelos veículos dito oficiais são de fato verossímeis, já que esses veículos de informação são patrocinados por grandes corporações e não sabemos a qual propósito estão a servir. Então, como questionar tudo isso através da experiência? Chama também a atenção no texto quando o autor fala que a experiência é vivenciada pelo indivíduo de forma diferente de outro indivíduo que tenha vivenciado a mesma experiência.
Correlacionando com o texto das professoras Andrea e Cátia sobre as aulas de campo e práticas educomunicativas, na qual temos os relato de como e dado o funcionamento da disciplina de Educomunicação Curso de Sistemas e Mídias Digitais, pode-se dizer que como única a experiência que vivida na prática e que pode trazer experiências novas para cada aluno que viajou até o município de Trairi para ministrarem as oficinas na escola da rede pública de ensino da comunidade de Canaã, mas que cada um vivenciou sua experiência de forma bem particular exatamente por causa de diferentes adquiridas outrora como relatada na aula ocorreu no pós-viagem. Aqueles que estudaram em escolas particulares e que por tanto não tinham dimensão daquela realidade que pode-se dizer até penosa vista na escola Pe. Rodolfo Ferreira da Cunha e relatada com tristeza pelo prof. Célio, tiveram até uma certa estranheza com o que foi visto na realidade da escola, mas já os alunos oriundos da escola pública não tiveram esse estranhamento. Então pode-se chegar a conclusão que realmente a experiência é moldada através de uma série de experiência que se tem a posteriori de fato.
Mas o mais importante nas viagens de campo são exatamente as trocas de experiências, em que viajam até outro município para levar sua experiência através das oficinas, mas o que traz de experiência em sua bagagem de volta com o encontro que teve com outro mundo, com outra realidade, com outras experiências de vida como o do esforços do professor de uma escola que mesmo afasta de um grande centro urbano busca fazer diferente para que seus alunos possam alcançar em resultado melhores mesmo que do triste contexto social que há sua volta, buscando fazer o que Freinet fez lá atrás diante de dificuldades semelhantes mudar a realidades de seus alunos na busca de despertar em seus alunos a busca pelo conhecimento, do senso crítico e da mudança daquela realidade.
O saber de experiência se dá na relação entre o conhecimento e a vida humana. De fato, a experiência é uma espécie de mediação entre ambos. É importante, porém, ter presente que, do ponto de vista da experiência, nem “conhecimento” nem “vida” significam o que significam habitualmente.
O saber da experiência pretende evitar a confusão de experiência com experimento ou, se se quiser, limpar a palavra experiência de suas contaminações empíricas e experimentais, de suas conotações metodológicas e metodologizantes. Se o experimento é genérico, a experiência é singular. Se a lógica do experimento produz acordo, consenso ou homogeneidade entre os sujeitos, a lógica da experiência produz diferença, heterogeneidade e pluralidade. Por isso, no compartir a experiência, trata-se mais de uma heterologia do que de uma homologia, ou melhor, trata-se mais de uma dialogia que funciona heterologicamente do que uma dialogia que funciona homologicamente. Se o experimento é repetível, a experiência é irrepetível, sempre há algo como a primeira vez. Se o experimento é preditível e previsível, a experiência tem sempre uma dimensão de incerteza que não pode ser reduzida.
Além disso, posto que não se pode antecipar o resultado, a experiência não é o caminho até um objetivo previsto, até uma meta que se conhece de antemão, mas é uma abertura para o desconhecido, para o que não se pode antecipar nem “pré-ver” nem “pré-dizer”.
O que fica de mais importante é saber que realmente a intervenção proposta surtiu efeito desejado a que se propunha inicialmente na disciplina de educomunicação, constatado isso através de avaliação das oficinas pelos jovens que participaram das oficinas aplicadas.
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